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Graduações mais procuradas em 2020 foram na área de saúde

mar 22, 2022

O levantamento Observatório do Ensino Superior: análise dos microdados do Censo da Educação Superior 2020 apontou que, a demanda por cursos na área da saúde aumentou na educação superior. As graduações na área ficaram entre as mais procuradas, tanto no ensino a distância (EAD), quanto no presencial.

Dos dez cursos de formação superior na modalidade a distância mais procurados em 2020 e que tiveram aumento no ingresso de alunos em relação ao ano anterior (2019), quatro são na área da saúde: farmácia, com crescimento de 416%; biomedicina, com aumento de 190%; nutrição, com 70,5% e enfermagem, com 30,4%. Embora sejam EAD, esses cursos não são totalmente remotos e contam com atividades presenciais e práticas de ensino.

Em relação aos cursos presenciais, das 20 graduações mais demandadas por novos alunos, sete são na mesma área: psicologia, com aumento de 7,6% nas matrículas; medicina veterinária (6,9%), medicina (4,1%), odontologia (0,5%), biomedicina (2,1%). Os cursos de enfermagem e fisioterapia, apesar de estarem entre os mais procurados, tiveram queda no número de matrículas em relação a 2019, respectivamente de 9,6% e 12,7%.

“Essa tendência foi acelerada pela pandemia, na medida em que a sociedade tomou mais conhecimento dos chamados heróis da linha de frente e percebeu a necessidade de mais e melhores profissionais de saúde”, diz o diretor presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes), Celso Niskier.

Ele ressalta que as carreiras na área da saúde, como em diversas outras áreas, precisam de diploma para exercer a profissão, o que faz com que os alunos tenham de buscar graduação. Além disso, tratam-se, segundo Niskier, de profissões com salários médios maiores que outras carreiras.

Educação a distância

O levantamento, feito pela empresa de pesquisas educacionais Educa Insights e divulgado pela Abmes, teve como base o Censo da Educação Superior, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Por causa dos impactos da pandemia, o período de apuração do Censo 2020 foi prorrogado. Os resultados foram divulgados em fevereiro de 2022.

Entre os destaques do censo está o avanço da educação a distância. Em 2020, os iniciantes nesses cursos ultraaram os calouros nos cursos presenciais. Dos mais de 3,7 milhões de iniciantes de 2020 (instituições públicas e privadas), mais de 2 milhões (53,4%) optaram por cursos a distância e 1,7 milhão (46,6%) pelos presenciais.

Na edição de 2019, a rede privada já havia registrado o ingresso maior nas vagas das graduações a distância. Nos últimos dez anos, o número de ingressos em cursos presenciais encolheu 13,9%, enquanto nos cursos a distância aumentou 428,2%.

Entre as áreas dos cursos a distância, a saúde avançou 78% em relação a 2019, com mais 78.527 estudantes. “A EAD veio para ficar e é parte da solução. O que temos de fazer é garantir que cresça com qualidade”, enfatiza Niskier. “Acredito que vamos construir um modelo de EAD que seja bom para o país, por causa da flexibilidade, da ibilidade que proporciona, e que garanta os padrões de qualidade exigidos”. Em relação aos cursos de saúde, ele ressalta que defende as atividades presenciais e as práticas, portanto, neste caso não é a favor de um curso 100% a distância.

Apesar dos impactos da pandemia em 2020, mais de 8,6 milhões de matrículas foram registradas no ensino superior, o que representa crescimento de 0,9%. Em relação a 2019, o número de matrículas totais avançou 3,1% entre as instituições privadas e encolheu 6% nas públicas.

Com informações da Agência Brasil
Edição: Jornalista Laís Alende Prates
Contato: (55) 991726378
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